Apesar do resultado pesado, estivemos bem melhor que o jogo anterior.
Muito melhores a defender, com alguns bons contra-ataques (continuamos a ter má qualidade no passe e pouca movimentação para dar soluções aos colegas - que, em posse, procuram ainda, muitas vezes, a definição individual da jogada...).
Mas, acima de tudo, grande entrega. Do princípio ao fim sempre a tentar, sempre a recuperar com vontade, a lutar contra o deficit físico e a tentar sair rápido. Muito maior equilíbrio nas acções (só permitimos 4 ou 5 contra-ataques em todo o jogo e quase sempre em igualdade numérica - só numa jogada permitimos o 2×1.
Sofremos os golos quase todos por má definição no momento defensivo - uma marcação menos em cima, não sair ao remate, não vir em apoio dos jogadores de trás, etc.. Em 6 dos 8 golos (os outros 2 foram contra-ataque 2×2 e 2×1) foram pequenos detalhes que os ditaram - mais que a movimentação do adversário, a nossa distração momentânea...
A insegurança no passe tolhe-nos os movimentos ofensivos, impede-nos de descansar com bola e aumenta a nossa ansiedade. Este facto advém da pouca disponibilidade para aparecer no espaço, para jogar sem bola, deixando a responsabilidade de fazer a bola chegar aos colegas no portador da bola. Fazemos razoavelmente isto nos treinos mas não estamos a fazer nos jogos.
Por fim, o nosso contra-ataque até funcionou, conseguimos diversas ocasiões na cara do GR adversário (1×0), um penalti, várias jogadas 2×1 - e não marcámos... Com melhor concretização (menor ansiedade, mais calma na definição)...
O Sintra jogou melhor com bola, pressionou alto e ganhou com justiça... Mas se tivéssemos definido melhor nalguns momentos quer na defesa, quer no ataque, com o mesmo jogo, o resultado sería bem mais equilibrado - o que sería justo.